Muito haveria para falar sobre o corpo humano. Sobre o conceito variável de beleza, do seu funcionamento, das suas capacidades, etc.
Mas este post vai ser dedicado a algo meu... O meu corpo.
Digamos que recentemente, senti-me tentado em fazer algo que não é hábito... tentado mesmo. Ter sexo com alguém que, embora não seja nenhum adónis, me atraiu. E percebi que ele gostou de mim e até certo ponto eu dele. E senti-me tentado a algo mais, ao ponto dessa ideia até me excitar, mesmo fisicamente. Acontece que eu não sou dado a ceder facilmente a situações destas, e como tal, nada se passou. Isto porque felizmente (acho eu), consigo ter domínio sobre o meu corpo, a minha mente. Controlar os sentimentos no meu caso é que sempre foi pior, mas isso são outras núpcias.
O facto é que relatei tal situação a um amigo meu e ele teve uma longa conversa comigo. Já não é o primeiro a dar-me, não digo sermões ou conselhos, mas algo entre estes dois conceitos. Isto porque é instinto natural dos animais, e como tal, também dos seres humanos, satisfazerem-se sexualmente. Mesmo sozinhos. Só que todos temos certos momentos na vida e neste meu momento, de facto, nem para aí me encontro muito virado.
Ainda assim, depois de tal discurso e sugestão do meu amigo, fi-lo. Durante cerca de meia hora andei a fazer algo que de facto não faço com tanta frequência ultimamente: Observar o meu corpo e tentar tirar prazer dele. Antes fazia com regularidade. E conheço-o bem, mais que não seja, até aos 22 anos, era apenas com ele que eu "brincava". Bom e assim o fiz: com carícias que me percorreram todo o corpo, com toques e sempre a olhar e sentir todo o meu corpo, lá o fiz.
O resultado? Confesso que tive prazer, só que uma vez mais senti a falta de algo. Partilhar. Sim, partilhar. Partilhar o momento com alguém, o prazer com alguém, sentimentos com alguém, o final de tudo com alguém... É isso que me continua a fazer falta e talvez seja em parte por isso que muito raramente tenho olhado para o meu corpo e pouca coisa tenho feito com ele, seja lá o que for. Não é uma questão de não ter prazer ou frustração. É o vazio final.
A título de exemplo, ainda no outro dia apercebi-me de uma coisa que, embora não seja estranha, é uma das que mais falta me faz: Um abraço. Imagine-se que enquanto estava a adormecer, apercebi-me que, inconscientemente, me estava a abraçar a mim próprio, o meu corpo, com alguma força. Coisas como esta é que devem fazer falta, daí resultarem inconscientemente em tais acções. Bom, se for por aí, o resto também me falta, daí o meu corpo ter reagido como reagiu, há umas madrugadas atrás (ver post "Sonho ou Pesadelo?").
Enfim, não é nada de grave... Mas é isso mesmo. São fases.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
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3 comentários:
Sim, são fases mas também resultam das vivências pessoais. Do à vontade, da vontade efectiva, de prioridades, de sentimentos, de valores, da dualidade emocional/racional...
Sim, também somos animais, também temos as nossas muitas necessidades, mas continuo a achar que, por algum motivo, somos considerados racionais. Temos um poder que os restantes bichos não têm. Infelizmente, parece que nos esquecemos muitas vezes disso ou preferimos esquecer para fazer o que nos dá na telha esquecendo os outros, passando por cima de quem for, doa a quem doer.
Noto cada vez mais isso à minha volta.
E isso, lamento, não aceito.
Sim, essa é mais uma capacidade do ser humano, ser racional. Enfim.
Muito bem.
Resta saber se o segundo pedido foi realizado.
Aqui vai um abraço que embora seja virtual, pretende cobrir-te de braços.
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