domingo, 4 de novembro de 2007

Stardust - O Mistério da Estrela Cadente

Esta tarde lá eu fui uma vez mais ao cinema gastar uns descontos e claro, ainda assim uns trocos (3.50) num filme. Já há muito que o queria ver e foi preciso quase que estivesse para sair de cartaz para ir... Mas valeu a pena a espera porque a película é fantáááááástica.
Talvez um dos melhores filmes que vi recentemente, mais ainda se tiver em conta a temática filme de fantasia/fantástico.
Uma história de amor linda, com efeitos especiais de nos levar a querer entrar naquele mundo, com bons momentos de humor pelo meio e extraordinárias interpretações. Além da maravilhosa Michelle Pfieffer a fazer o papel de bruxa má (muito mázinha anda ela, já no "Hairspray" também o era), destaco também a interpretação da personagem de Robert de Niro, além de excelente, muito surpreendente mesmo.
Assim por alto, para não desvendar todo o filme para quem o queira ainda ver, o filme é principalmente um conto de fadas, uma história de amor, onde um jovem vive iludido pela beleza física e fútil de uma rapariga da aldeia que não lhe liga nenhuma e que por ela seria capaz de tudo. No entanto, não se apercebe que afinal o amor da sua vida encontra-se mesmo à sua frente e só mais tarde é que toma consciência desse facto. Certamente uma história ainda tão comum nos nossos dias.
Prosseguindo. Uma das permissas principais da história tem a ver com uma estrela que caíu na Terra, precisamente no reino de Stormhold. Esta estrela ao cair, veio transformada no corpo de uma linda moçoila. Entre outras acções principais da história, todos os vilões entretanto querem matar a moça e comer-lhe o coração para ganharem a vida eterna. Mas no final final do filme algo de bonito e ao mesmo tempo irónico ocorre: de facto no final, o coração da estrela permitiu alguém se tornar imortal juntamente com ela, não através de actos de canibalismo, mas sim através do poder do amor que vence todas as barreiras, até mesmo a morte. No filme há passagens que falam sobre isso mesmo, sobre o facto de que quando alguém ama, o seu coração já não lhe pertence, mas tem outro dono. De facto é uma história muito bonita.
A par disso, uma razão mais para não se perder, deve-se ao facto que também no filme somos surpreendidos por uma personagem gay, uma pessoa linda interiomente e claro, fala-se que cada um é como é e faz o que faz da vida e não deve viver apenas para as aparências e reputação, já que se os seus próximos gostarem de facto dele, gostarão na mesma se ele admitir como é.
Uma última curiosidade: a Estrela personificada em moçoila, ao se sentir feliz, irradiava uma luz à sua volta, pelo que quando se apaixonou, a intensidade do seu brilho era imensa, o que em certa medida denunciava os seus sentimentos. Achei piada a esta metáfora, isto porque seria por um lado giro, mas ao mesmo tempo constrangedor se isto acontecesse com os humanos. Aquando apaixonados por alguém e na sua presença, brilhassem imenso. Mas vendo bem, há quem o faça mais ou menos. Por exemplo eu, das pessoas por quem já nutri um grande sentimento, já me dei conta que por vezes fico estático e com cara de parvo e denunciadora a olhar para a pessoa em causa. E julgo que já me apanharam em tal estado de transe, enfim.
Só boas razões para verem o filme e já agora deixo-vos com uma frase do filme
"Uma estrela com o coração partido, não consegue brilhar. Tem que encontrar de novo alguém que consiga que este volta a irradiar luz".

4 comentários:

Hydrargirum disse...

Tb vi esse filme:) E gostei bastante...Esqueci-me dos aborrecimentos da vida eqt o via...diverti-me tanto:)

Ate me fez, querer altar para um mundo assim e sair deste!

E o RdNiro, estava impagavel!:)

Graduated Fool disse...

Verei, nem que seja em DVD.
E ainda por cima com dois dos meus actores de eleição: Pfeiffer e de Niro. Adoro-os.

Bem, em relação à frase que deixas... é muito bonita, daquelas que nos arrepiam, mas a realidade não é bem essa e cada vez, talvez infelizmente, acho que não deve ser.
Ninguém deve depender de ninguém para ser feliz. Isso anula-nos, deita-nos abaixo, deprime-nos. É bonito ler aquelas coisas "sem ti não sei viver", "tu és tudo para mim", etc... mas isso é demasiado pesado para a outra pessoa, é uma responsabilidade muito, muito grande. E as pessoas, em geral, não querem isso.
Em tempos quis, em tempos vivi isso, em tempos vivi assim e era muito bonito, sim, era. Hoje vejo que não é o melhor.
Se um coração partido não brilha, então como é que alguém se pode encantar pelo seu brilho?
Se uma estrela partida não brilha como é que nós vamos olhar para ela?

TheTalesMaker disse...

Quanto às tuas últimas questões Graduated, pegando no caso de alguém, ao que parece tenho conhecimento que o coração de alguém anda partido. Mas não é por isso que as pessoas deixam de olhar para essa pessoa, de ver as suas acções, a sua beleza interior, aquilo que é e aquilo que faz. Há pessoas que mesmo com o coração partido e sem que este brilhe intensamente, sabe-se lá porquê, conseguem conquistar outros. Talvez seja uma réstia de amor que ainda esteja escondida dentro dos seus corações. Amor entre familiares, amor fraternal, amor pelo bem estar dos próximos, etc.

MJ disse...

Tb gostava de ter visto o filme, mas n tive tempo :( Espero pelo dvd, já k me "abriste o apetite" com a descriçao :P *