quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Ossos do ofício

Depois de quase um mês de formação, eis me finalmente em produção. Aos poucos começo a entrar na coisa e ganhando alguma prática nas minhas tarefas.
E já com 3 dias de trabalho, algumas situações caricatas entretanto ocorrem, isto no que respeita ao atendimento de clientes por telefone.
A destacar uma chamada de um senhor do Alentejo profundo com 78 anos, que bem mais do que querer a pestação dos nossos serviços, quis conversar, certamente porque se sentia só. E falou, falou. Enfim, eu e uma colega já não podiamos com ele e já na parte do questionário quando lhe perguntamos o estado civil (que não percebeu à primeira o que aquilo era), simplesmente diz "Ah menina, sou solteiro mas ainda continuo à espera de uma boa companhia", ao que a minha colega põe o telefone em modo "mute" e desabafa alto e em bom som "pudera, chato como és, ninguém te atura".
Uma situação também muito caricata, é a de um qualquer tuga sem nada que fazer, que liga para os nossos serviços e simplesmente gosta de nos dar música, e falo no sentido literal mesmo. Atendemos e põe música, quase sempre pimba para desgosto nosso. Se ainda fosse outro género, ainda o mantinhamos um pouco em linha, sempre nos entretia. Agora assim, dispensamos.
Há ainda os meninos rabinos que nos ligam com dados falsos e a se quererem passar por adultos, afim de darem o número de telemóvel de alguém para lhes pregarem uma partida. Só que têm azar porque a voz de criança deles denuncia-os logo. Onde já se ouviu alguém com quase 40 anos e ter voz de 6 ou 7 anos.
Mas enfim, a pior das histórias caricatas ocorreu hoje e cometida por mim enquanto atendia um cliente. Muito inocentemente, tal como já aconteceu inúmeras vezes, leio em silêncio a questões a fazer ao cliente, antes de lhas perguntar em voz alta. Quando não há necessidade, não as coloco e respondo eu. Só que eu li algo sem pensar. Foi do melhor: "O senhor podia me dizer qual o sexo da sua esposa, por favor?" Ao que o cliente responde de uma forma simpática: "Felizmente que conferi tudo antes de me casar com ela". Instantaneamente pensei... "já fiz asneira". Mas tive sorte, o senhor desatou-se a rir imenso e percebeu que eu fiquei atrapalhado e não levou a mal a situação.

9 comentários:

Frankenstakion disse...

lol A pergunta que fizeste ao senhor foi hilariante. Era preciso ser muito quadrado para levar a mal! Ainda bem que esta tudo a correr bem, Abraços

Angelo disse...

Essa foi boa!

Mas aqui, no Japao, seria bem possivel uma qualquer mulher de 40 anos parecer ter voz de 6 ou 7 anos... Elas adoram falar como criancas, o que me deixa louco! E nao pelos melhores motivos!

Adiante!

Estou a ver que havera mais estorias das boas!

Arms disse...

lol

Demais. Fartei-me de rir!
Ainda bem que parece estar tudo a correr bem. ;)

mik@ disse...

lool hilariante isso :) impossivel nao desatar a rir

Hydrargirum disse...

Essa foi brilhante!!!!
Esse momento acho que nao tem "surpassing"...
Ninguem vai fazer melhor!:)

MJ disse...

LOLOL Continuação de bom trabalho e espero que tenhas mais boas situações caricatas para contar!:)

fj disse...

brilhante... talvez um momento unico.

Só li este post, voltarei com toda a certeza

Graduated Fool disse...

lolololololol

Até parece que estou a ver a tua cara quando te saiu esta ao senhor.

paulo disse...

Tales, a gaffe que cometeste é do melhor! Realmente, ainda bem que o senhor teve humor, o que nem sempre acontece, mas está hilariante!